Barreiras na contratação de profissionais com deficiência

Bloco de madeira enfileirados imitando o efeito dominó. à direita mão imitando o caminhar com os dedos

Mesmo atuando com inclusão desde 2004 e vivenciando grandes mudanças na Lei de Cotas com base legal no Decreto 5296/2004, ainda vejo barreiras atitudinais em empresas renomadas e, em sua grande maioria, exercida por quem está em cargos de liderança.

Estamos no século 21, trabalhamos com redes sociais, gerações Y/Z, mas, ainda assim, muitos líderes excluem profissionais com deficiência em processos seletivos. O motivo? Não sabem lidar com a inclusão e isto, muitas vezes acontece, pela falta de convivência com uma pessoa com deficiência na infância, na escola, na faculdade e na família. Em outras palavras, não estão preparados para lidar com a situação, subentendem que aquele profissional não consegue atuar em determinada atividade, acabando por excluí-lo do processo seletivo.

Não estou aqui para julgar como atitudes certas ou erradas, porque levo em consideração o fato de muitas pessoas não saberem como agir diante de uma situação desconhecida ou vivenciada. Meu foco é na solução e, para isso, é necessário mudar o “mindset”, treinar, transformar, querer fazer a diferença no meio de tantos diversos.

Gostaria de propor uma mudança de atitude a você que lê este pequeno texto: pesquise histórias sobre superações de pessoas com deficiência; conheça os colegas de trabalho com essa característica e suas histórias de vida; perceba que são pessoas como você, com algumas limitações e muito em comum: contas para pagar, família, sonhos, projetos, idealizações, erros e acertos.

Abra oportunidades também a estas pessoas, como daríamos para nosso amigo ou familiar. Todos têm a ganhar. O que acha? Ainda espero ver as empresas contratando profissionais com deficiência sem a necessidade de uma lei que as obrigue a fazer isso.

Por Roberta Marco Rodrigues