Dia do Assistente Social – 15 de maio

Conversamos com Denise Cristiane Oliveira, assistente social e pessoa com deficiência auditiva, para que todos possam compreender como este trabalho é fundamental nas empresas e para sociedade em geral.

O que te motivou a ser assistente social?

R: O desejo de justiça, a vontade de tornar as coisas mais igualitárias, só não tinha ideia do tamanho do percurso. (Risos)

Quais são os principais desafios da profissão para você?

R: Pra mim é desmistificar os tabus colocados, há anos, na sociedade e emancipar os cidadãos para que de uma forma organizada por meio da educação, saibam quais são e façam valer os direitos e deveres.

Qual a importância do assistente social nas empresas?

R: Eu diria que essencial, pois vem se falando muito em Qualidade de Vida, desenvolvendo programas que cuidem e engajam os colaboradores. E o assistente social, tem total empoderamento para criar e gerir esses tipos de programas, além de, claro, realizar trabalhos de atendimento a todo tipo de vulnerabilidade social, que muitas vezes cercam esses colaboradores, que por sua vez sentem-se deslocados ou desorientados.

Há quanto tempo atua na área?

R: Há 13 anos.

Pode nos contar algum momento que marcou a sua carreira profissional?

R: Tem vários momentos, desde o mais triste (suicídio) até o de inserir uma pessoa autista numa escola especial por um programa de incentivo à educação aos filhos dos colaboradores.

Quais conselhos você dá a quem deseja atuar na área?

R: É muito particular os motivos que levam as pessoas a escolherem o serviço social. Escuto, às vezes: “vou fazer porque gosto de ajudar as pessoas” ou “é lindo cuidar das pessoas”, o que de fato é, mas eu diria que: não idealizem a profissão e façam por vocação, ao entender isso eu também percebi que muitas coisas não vão depender de mim. Isso já me deixou bem frustrada algumas vezes.

Quais são seus projetos para o futuro?

R: Acadêmica. Penso em contribuir de outra forma, dentro da educação.

Qual parte da assistência social mais te fascina?

R: As muitas ferramentas e disciplinas para atuar como assistente social. É inteiramente importante o conhecimento para dar o devido suporte ao teu assistido (a).

Quais dicas poderia compartilhar com as pessoas com deficiência?

R: São muitas as dificuldades, não é? A gente bem sabe, apesar do olhar para inclusão estar mais aberto, acessível e impessoal, ainda nos deparamos com outras ou as mesmas dificuldades. Como dica, trate-se como um igual, o princípio de igualdade acontece quando eu me vejo como um igual e não como um diferente. A transformação e o reconhecimento se desenrolam quando eu tomo posse do que é meu.