Personal Organizer Inclusiva: Conheça a história da Cris Correia

Cris Correia passou boa parte da sua vida em ambientes corporativos de grandes empresas. Sua última atuação foi na área de gestão de pessoas/RH, que foram 15 anos de dedicação e reconhecimento pela excelência em seu trabalho. No entanto, já não a fazia feliz por ter excesso de trabalho, muita cobrança e a fez ter a Síndrome de Burnout, que o Ministério da Saúde descreve como: “distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.

Diante desse cenário, ela decidiu dar um novo rumo a sua vida profissional. Para isso, realizou um planejamento 1 ano antes para que pudesse organizar a vida financeira e emocional. “Foi assim que dei um novo sentido para minha vida. Me preparei para essa mudança. Essa ação foi fundamental para não me causar frustrações e arrependimentos. E hoje sou infinitamente mais feliz com a minha profissão de personal organizer, que trabalho há 4 anos”.

Atuação de um Personal Organizer

Cris explica como funciona sua profissão: “Existem vários nichos dentro da organização como (residência, empresarial, documentos físicos e digitais, baby, luto, acumuladores, produtividade, inclusiva, entre outros). Geralmente, o cliente procura um profissional de organização quando ele não consegue organizar seu lar ou empresa, isso acontece muitas vezes por falta de tempo ou por falta de habilidade, assim buscam ajuda”.

Entre os auxílios que ela realiza estão também a orientação para que seja possível deixar tudo em ordem, como é possível melhorar a rotina e, principalmente, como deixar os ambientes muito mais funcionais para o dia a dia.

A escolha por ser uma Personal Organizer Inclusiva

A profissional reforça que sempre quis atuar com algo que fosse para ajudar as pessoas. Em 2019, passou a pesquisar mais sobre o nicho de organização voltado à inclusão, o que resultou na parceria com a Conceito Organizer (Rio de Janeiro), que é pioneira no Brasil com esse segmento da área da organização.

Além da parceria profissional, Cris tem dentro de casa uma motivação a mais para pensar em como facilitar a vida de quem tem alguma deficiência. Ela é mãe do José, de 16 anos, que tem a Síndrome de Peters Plus e Autismo. “Ele é naturalmente organizado e sistemático, então o primeiro passo foi entender como ele gosta das coisas, o que fica mais fácil para ele poder buscar sem minha ajuda e principalmente tornar o quarto dele que é o seu porto seguro, mais agradável e aconchegante”.

Para Cris entender quais são as necessidades de cada cliente é fundamental em sua rotina, pois cada um vai exigir dela novos recursos pertinentes à própria realidade, bem como ser capaz de gerar autonomia. “Para mim, a liberdade é o que melhor se expressa. Amo ver o brilho nos olhos dos meus clientes. Não tem preço”.

Tudo precisa ser pensado como: qual é o espaço a ser trabalhado, quais materiais ajudarão na organização, quais precisam de adaptações, realizar uma triagem de todos os objetos/roupas e entender quais são as tarefas diárias. “Passo para meus clientes que a organização é um processo de transformação, pois muitas vezes causa mudança de comportamentos, hábitos, rotina e de conceitos. Quem está aberto para o novo, para melhorias sempre terá resultados positivos. É preciso permitir-se”.

Ser Personal Organizer Inclusivo é algo ainda relativamente novo no Brasil. Cris utiliza as redes sociais para compartilhar seus conhecimentos e falar mais sobre a necessidade de criar um ambiente organizado para as pessoas com deficiência tanto no âmbito residencial quanto corporativo. Ela também tem planos para o segundo semestre de 2020, que inclui a ministração de cursos/palestras em empresas, para mães e profissionais que trabalham com pessoas com deficiência e idosos. Além disso, a ideia é oferecer dicas, sugestões e ensinar os melhores métodos de organização para diferentes processos em casa e no trabalho.